quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não sei se é uma história real, mas vale a pena ler pelo exemplo a ser seguido...


Não havia no povoado pior emprego do que 'porteiro da zona'. 
Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? 
O fato é que não tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha
 nenhuma outra atividade ou ofício. 
Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem 
empreendedor e cheio de idéias, que decidiu modernizar o
 estabelecimento. 
Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções. 
Ao porteiro disse: 
- A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, 
vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de
 pessoas
 que entram e seus elogios e reclamações sobre os serviços. 
- Eu adoraria fazer isso, senhor, balbuciou - Mas eu não sei ler
 nem escrever. 
- Ah! Que pena! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando
 aqui. 
- Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha
 vida  inteira, não sei fazer outra coisa.
- Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor.
Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo
 que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte. 
Dito isso, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se
 o mundo desmoronasse. Que fazer? 
Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira
 ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. 
Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir
 um emprego. 
Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate
 mal conservado. 
Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa
 de ferramentas completa. 
Como no lugar não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois
 dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar
 a compra. E assim fez. 
Na volta, um vizinho bateu à sua porta: 
- Você tem um martelo para me emprestar? 
- Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar,
 já que...  
 - Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo. 
 - Se é assim, está bem. 
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta
 e disse: 
- Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende
 para mim? 
- Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais,
 a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem,
 de mula. 
- Façamos um trato - disse o vizinho. 
Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo,
 já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece? 
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou. 
Voltou a montar na sua mula e viajou. 
No seu regresso, outro vizinho o  esperava na porta de sua casa. 
- Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. 
Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar
 seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que
 você as compre para mim, pois não disponho de tempo
 para viajar para fazer compras. Que lhe parece? 
O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e o vizinho
 escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e
 uma talhadeira. Pagou e foi embora.
E nosso amigo guardou as palavras que escutara:
 'não disponho de tempo para  viajar e fazer compras'. 
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar 
que ele viajasse para trazer as ferramentas. 
Na viagem seguinte, arriscou um pouco  de dinheiro,
 trazendo mais ferramentas do que as que já havia vendido.
De fato poderia economizar algum tempo em viagens. 
A notícia começou a  se espalhar pelo povoado e muitos,
 querendo economizar a viagem, faziam encomendas. 
Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por
 semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. 
Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas
 e alguns meses depois, comprou uma vitrine
 e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de
 ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. 
Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam os pedidos. 
Ele era um bom cliente. 
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos
 preferiam comprar na sua loja de ferragens, 
a ter de gastar dias em viagens. 
Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro
 e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças
 dos martelos. 
E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates,
 as talhadeiras, etc ... 
E após foram os pregos e os parafusos... 
Em poucos anos, ele se transformou em um rico
 e próspero fabricante de ferramentas. 
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. 
Nela, além de ler e escrever,  as crianças aprenderiam
 algum ofício. 
No dia da inauguração da escola, o prefeito
 lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e disse:
- É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos
 que conceda a honra de colocar a sua assinatura
 na primeira página do livro de atas da nova escola. 
- A honra seria minha, disse o homem. Seria a coisa que
 mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler
 nem escrever, sou  analfabeto. 
- O Senhor? disse incrédulo o prefeito. O senhor
 construiu um império industrial sem saber ler
 nem escrever? Estou abismado.  Eu pergunto: 
- O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever? 
- Isso eu posso responder, disse o homem com toda a calma:
- Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o
 PORTEIRO DO PUTEIRO
 
 
Geralmente as mudanças são vistas como adversidades.
As adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, 
não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.
Que a sua vida seja cheia de vitórias, 
não importa se são grandes ou pequenas, o importante
 é comemorar cada uma delas.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário